Por Walter Sánchez Silva
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4 de jun de 2025 às 13:30
O arcebispo de Lima, cardeal Carlos Castillo, concluiu a fase diocesana da causa de beatificação do padre missionário salesiano Luigi Bolla, que evangelizou a Amazônia peruana e foi chamado de Yánkuam' Jinti, "estrela brilhante do caminho", pelos indígenas.
Quem foi Luigi Bolla? 6f1qu
Luigi Bolla nasceu em Schio, Itália, em 11 de agosto de 1932. Fez seus primeiros votos como salesiano em 16 de agosto de 1949. Em 1953, aos 21 anos de idade, partiu para o Equador. Foi ordenado sacerdote em 28 de outubro de 1959.
Segundo o site Salesian Holiness, ao constatar que o maior número de indígenas Achuar estava no Peru, transferiu-se definitivamente em fevereiro de 1984 para a Inspetoria Salesiana do Peru para trabalhar no vicariato apostólico de Yurimaguas, na Amazônia peruana.
Bolla identificou-se com o povo Achuar, ajudando-o a se organizar, promovendo educação, saúde e desenvolvimento.
Ele conseguiu pôr fim às guerras entre tribos e famílias; também conseguiu pôr fim à poligamia e persuadir muitos a aceitar a fé católica. O padre Bolla morreu em Lima em 6 de fevereiro de 2013, aos 80 anos de idade.
Seu processo de beatificação foi aberto na arquidiocese de Lima em 27 de setembro de 2021 e sua fase diocesana acaba de ser concluída. Os documentos agora serão enviados para a Santa Sé, onde a causa será acompanhada por uma equipe liderada pelo padre Cameroni, que supervisiona cerca de 70 casos.
O padre Pierluigi Cameroni, postulador-geral dos salesianos que esteve na cerimônia realizada na última sexta-feira, 30 de maio, falou com a EWTN News.
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Cameroni disse que o padre Bolla "ouviu o chamado de Deus quando era muito jovem, aos 11 anos, no oratório salesiano de Schio, na Itália”.
“Ouviu uma voz que lhe dizia: Você será padre, você será missionário, você caminhará muito pela floresta. Ele guardou esse chamado de Deus em seu coração e respondeu a Deus com toda a sua vida”, disse o padre.
O servo de Deus “se formou missionário e chegou à América em 1953: ou a primeira fase de sua vida no Equador, trabalhando com os indígenas e, mais tarde, especialmente com os indígenas Achuar, do Peru”.
"Ele queria viver a vida desses povos indígenas, anunciar o Evangelho, mas, acima de tudo, compreender a vida deles, ser um deles. Para fazer essa tarefa, por dez anos, ele viveu de uma maneira muito particular, adquirindo seus costumes, suas tradições, seus rituais e, entre eles, proclamando a Palavra de Deus, o mistério do Senhor Jesus", disse o postulador salesiano.
A Eucaristia como paradigma de vida missionária 4ss2o
O padre também enfatizou que "a raiz profunda" da atividade missionária do padre Bolla é, acima de tudo, a Eucaristia. Por isso, na última vez que o viu, alguns meses antes de sua morte, "falou-lhe sobre a Eucaristia de uma forma muito poderosa, eu diria mística”.
“Falou de uma realidade que havia experimentado em seu coração. A Eucaristia, como sacramento no qual o Senhor Jesus oferece sua vida por nós, é o paradigma da vida missionária que o padre Bolla viveu", disse o postulador salesiano.
Cameroni também enfatizou que outro pilar da vida do padre Bolla era sua vida de oração, por isso ele costumava fazer "o retiro mensal, os exercícios espirituais todos os anos e, portanto, é um grande testemunho da proclamação do Evangelho, da defesa da população indígena".
Concluindo, e destacando que o padre Bolla frequentemente se vestia como indígena, o postulador salesiano enfatizou que “a Igreja deve sempre anunciar o Evangelho segundo as culturas e tradições de cada povo”.
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Walter Sánchez Silva é jornalista na ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, com mais de 15 anos de experiência cobrindo eventos da Igreja na Europa, América e Ásia.