Por Souhail Lawand
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28 de mai de 2025 às 16:31
Para celebrar o Dia Mundial dos Cristãos Orientais, celebrado anualmente no sexto domingo da Páscoa e organizado pela associação L'Œuvre d'Orient, o patriarca da Igreja Católica Caldeia, cardeal Louis Raphaël Sako, celebrou a divina liturgia no rito caldeu na catedral de Notre-Dame, em Paris, no último domingo (25).
A celebração reuniu bispos e fiéis de diversas origens. Segundo o Vatican News, serviço oficial de informações da Santa Sé, o Dia Mundial dos Cristãos Orientais é dedicado à oração, ao encontro e à comunhão entre cristãos orientais e latinos.
A liturgia deste ano foi marcada pela bênção de oito ícones pintados por artistas ses e do Oriente Médio, representando os primeiros santos dos primeiros séculos do cristianismo.
Esses ícones foram ungidos colocados hoje (28) na recém-inaugurada capela de São Jorge, dentro da catedral, reservada para cristãos orientais.
Em seu discurso de abertura, o arcebispo de Paris, Laurent Ulrich, descreveu os ícones da tradição oriental como “verdadeiras janelas para a eternidade, um testemunho fiel da fé de toda a Igreja".
“Não são meras imagens, mas uma porta de entrada para a santidade de Deus”, disse o arcebispo. “Rezar diante deles é um ato espiritual profundo”.
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Ulrich expressou sua esperança de que muitos cristãos orientais fossem à capela de São Jorge para rezar, dizendo que a diocese havia decidido consagrá-la na reabertura da catedral.
Expressando sua profunda iração pela restauração da catedral, Sako disse que o Oriente “formou as raízes do cristianismo, enquanto o Ocidente, por meio de seus missionários, se tornou seu coração pulsante”.
“A dedicação dessa capela aos cristãos orientais é de grande significado, pois revela a universalidade e a unidade da Igreja”, disse o patriarca. “É motivo de orgulho para nós. Somos profundamente gratos à Igreja na França, que nos apoiou nos horrores que sofremos sob o domínio do Estado Islâmico”.
O artista sírio Neemat Badwi disse à ACI MENA, agência de notícias em árabe da EWTN, que os oito ícones retratam santos orientais primitivos conforme as Igrejas e regiões às quais estão associados. Entre eles, estão André de Constantinopla; Tiago de Jerusalém; Marcos de Alexandria; Gregório, o Iluminador, da Armênia; Tomé da Índia; Addai e Mari de Selêucia-Ctesifonte, no Iraque; Frumêncio da Etiópia e Inácio de Antioquia. Foi o ícone de Inácio que L'Œuvre d'Orient encomendou a Badwi.
Badwi disse que não copiou o ícone de um modelo anterior, mas criou um desenho inteiramente novo. O trabalho levou quase três meses para ser concluído. Ele entregou os ícones no mês ado, depois de chegar a Paris vindo de Aleppo, Síria, acompanhado de seu irmão, o artista Bashir Badwi. Ambos estavam na cidade para participar da conferência "Em Carne e Ouro", na Galeria Michelangelo do Louvre, que se concentrou na arte e na restauração de ícones sagrados.
Souhail Lawand é escritora da ACI MENA, pesquisadora de história romana e cristã, educadora e líder de escoteiros.