15 de junho de 2025 Doar
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Padre brasileiro em processo de beatificação era devoto de santo Antônio 16j1w

Padre Luso e Santo Antônio. | Créditos: Casarão padre Luso e ACI Digital.

O servo de Deus padre Luso de Barros Matos (1906-1987) era muito devoto de santo Antônio de Pádua. Ele trabalhou 42 anos em Porto Nacional (TO), cidade onde é querido pela população e tem fama de santidade. Sempre carregava no bolso de sua batina um devocionário do santo, que o inspirava na prática da caridade.

“Essa proximidade com santo Antônio é por causa da vida espiritual, da vida de oração, da simplicidade, da proximidade com os pobres. E como dizia santo Antônio e o padre Luso sempre repetia ‘A caridade é o alimento da alma’”, disse à ACI Digital o postulador da causa de beatificação do padre Luso, padre Eldinei Carneiro, pároco de São José na diocese de Porto Nacional.

Padre Luso Barros de Matos nasceu no dia 16 de dezembro de 1906, em Balsas (MA). Foi o primeiro dos três filhos de Petronilha de Barros Matos e Prezilino de Araújo Matos. Como ficou órfão de pai muito novo, sua mãe sempre orientou Luso a pedir a bênção a santo Antônio, dizendo-lhe que o santo lisboeta “está substituindo o seu pai”. 

Seu sonho era ser padre. “Vou ser padre de Maria”, dizia. Mas por causa de sua saúde frágil, foi recusado seis vezes em diversos seminários. Foi acolhido pela diocese de Porto Nacional, onde foi ordenado no dia 23 de setembro de 1945, na catedral de Nossa Senhora das Mercês.

O padre Luso cultivou a devoção a santo Antônio por toda a vida. Além de carregar no bolso  um devocionário do santo, dizia ter visões dele.

Devocionário de santo Antônio que o padre Luso carregava no bolso. Crédito: Acervo Casarão Padre Luso.

Em Porto Nacional, Luso é conhecido como um taumaturgo como santo Antônio. Mas para o ex-vice-postulador da causa, padre Rafael Ferreira, “a maior semelhança com o santo lisboeta na verdade não é a taumaturgia”, mas “a virtude da caridade”.

Ele “não guardava nada para si. Se ganhava uma roupa nova e logo aparecia um desvalido, ele entregava”, continuou o padre Rafael. “Sempre havia alguém mais necessitado do que ele”. Do encontro com o padre Luso, “saiam consolados os enfermos, enlutados, marginalizados de todo norte goiano e outros estados que recorriam a Porto Nacional em busca da bênção do ‘padre santo’. Nenhuma empreita era feita sem a benção do chamado ‘padrinho’”, disse o sacerdote.

Padre Luso era conhecido por suas virtudes e se dedicou ao trabalho pastoral, visitando os doentes. Muitas pessoas relatam ter recebido milagres e graças através da intercessão do padre Luso quando ele ainda era vivo e também depois de sua morte.

Além do devocionário de santo Antônio, sempre levava consigo a imagem de Nossa Senhora de Fátima, que até hoje está na capela São Judas Tadeu, construída por ele nos anos 1960, no bairro Setor Cruzeiro do Sul, em Porto Nacional. Padre Luso morreu de pneumonia aos 81 anos, no dia 3 de agosto de 1987, e foi sepultado na capela são Judas Tadeu.

Em 17 de novembro de 2022, o Dicastério para a Causa dos Santos concedeu o nihil obstat (nada obsta), autorizando o seu processo de beatificação. Com isso, ele é considerado servo de Deus.

Segundo o padre Eldinei Carneiro, agora foi montado o “tribunal da fase diocesana, que é composto por várias comissões, comissão de historiadores, teológica, de peritos, para examinar a vida do padre Luso” e assim avançar para a próxima etapa que é a da comprovação das virtudes heroicas para ser declarado venerável.  Depois, precisa da comprovação de um milagre para a beatificação e de outro para a canonização.

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